Acabei agora de ler pela terceira vez o "meu" livro..."O Medo".
Al Berto é para mim o melhor escritor / poeta de todo o sempre. Não é conhecido de muitos, não lhe dão para mim o devido valor ou a devida importância, talvez porque isso nem seja possível.
Presto aqui vassalagem a uma escrita que me marcou, me marca e sempre vai marcar...sinceramente, vou ler este livro de tempos a tempos. Não é uma leitura fácil e mesmo lhe conhecendo os pormenores, é como se fosse a primeira vez. Conheci a sua obra faz muito tempo, pouco conhecia de poesia e pouco ainda tinha lido de tão denso, tão carnal, tão sensorial...pasmei e amei, ainda amo.
Al Berto, ou melhor...Alberto Raposo Pidwell Tavares nasceu em Coimbra em 1948, passou a adolescência em Sines e exilou-se em Bruxelas até Novembro de 1974. Estudou Belas-Artes.
A sua escrita é hostil, marca pela força e agressividade...traz à memória o sofrimento na sua exaltação, a facilidade de o tornar insuportavelmente sensível a todos os que o leiam...traz com ela o erotismo, a pornografia, o desapego, a desesperança, a revolta...mas traz atrelado também um sentimento à margem, purificador.
Escreve vivências próprias e isso torna tudo mais "complicado" de ler...da época em que eu escrevia, fica-me a ideia de tentar roçar uma milésima daquele modo de escrever...não cheguei a essa milésima certamente.
Morreu em Lisboa em 1997 de linfoma.
"Só espero que meia dúzia de doidos me leiam agora e isso os toque" AL BERTO
Tocou......me.
Morreu em Lisboa em 1997 de linfoma.
"Só espero que meia dúzia de doidos me leiam agora e isso os toque" AL BERTO
Tocou......me.
Porque sabes que eu aqui venho.
Porque eu gostaria que me lesses no silêncio.
Porque não vou estar sempre...mas estarei sempre a tempo.
Sim, Al Berto é tudo isso, mas é também sensibilidade e melancolia.
ResponderEliminartambém é um dos meus poetas preferidos.