Penso que todos teremos um carro que nos passou pelas mãos pelo qual temos um carinho especial. O meu foi um Renault Clio, vermelho...daqueles vermelhos que muda a tonalidade consoante a luz que lhe bate. Não foi o meu primeiro carro, mas foi aquele que mais me marcou até hoje...pelo tempo que foi, pelas aventuras...pelo trabalho que dava. Gostava do carro, era um carro de guerra...tinha muitas particularidades, a maior delas seria o só pegar quando lhe apetecia. Nunca me deixou apeado...apenas me prolongou a estadia em alguns lugares. Tinha um problema no motor de arranque, colava...tinha de ter sempre uma chave de fendas ou um martelo para dar umas pancadas naquilo e rezar para que descolasse. Tinha dias. Deixava-o sempre a descer...quando dava...e depois lá ia ele, tranquilo. Muitas aventuras, muitas noitadas, muitas maluquices. Grande carro, só me separei dele já nas últimas...quando já não dava mais, mas ficou um vínculo. Vendi-o a um mecânico, sempre imaginei que fosse para aproveitar algumas peças. Hoje paro nas bombas para meter gasolina e lá está ele...o meu Clio. Não podia deixar de olhar com gosto e de modo observador...a mesma mancha no banco do pendura, assim como o buraquinho de lado feito pela ponta de um cigarro. As mesmas marcas do sol nos bancos de trás, misturadas com outras de mil e uma situações. Foi bonito de ver. Entrou no meu Clio um jovem com aspecto de surfista...se ficar na memória com metade das coisas que eu fiquei em relação àquele carro, já será um gajo feliz.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Clio
Penso que todos teremos um carro que nos passou pelas mãos pelo qual temos um carinho especial. O meu foi um Renault Clio, vermelho...daqueles vermelhos que muda a tonalidade consoante a luz que lhe bate. Não foi o meu primeiro carro, mas foi aquele que mais me marcou até hoje...pelo tempo que foi, pelas aventuras...pelo trabalho que dava. Gostava do carro, era um carro de guerra...tinha muitas particularidades, a maior delas seria o só pegar quando lhe apetecia. Nunca me deixou apeado...apenas me prolongou a estadia em alguns lugares. Tinha um problema no motor de arranque, colava...tinha de ter sempre uma chave de fendas ou um martelo para dar umas pancadas naquilo e rezar para que descolasse. Tinha dias. Deixava-o sempre a descer...quando dava...e depois lá ia ele, tranquilo. Muitas aventuras, muitas noitadas, muitas maluquices. Grande carro, só me separei dele já nas últimas...quando já não dava mais, mas ficou um vínculo. Vendi-o a um mecânico, sempre imaginei que fosse para aproveitar algumas peças. Hoje paro nas bombas para meter gasolina e lá está ele...o meu Clio. Não podia deixar de olhar com gosto e de modo observador...a mesma mancha no banco do pendura, assim como o buraquinho de lado feito pela ponta de um cigarro. As mesmas marcas do sol nos bancos de trás, misturadas com outras de mil e uma situações. Foi bonito de ver. Entrou no meu Clio um jovem com aspecto de surfista...se ficar na memória com metade das coisas que eu fiquei em relação àquele carro, já será um gajo feliz.
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