quinta-feira, 21 de maio de 2009

Até breve..


O intervalo aqui no blog é para manter...só venho aqui deixar um até breve...serve para mim também, pois não tenho intenções de passar se quer os olhos Na Palma da Mão.
Eu não ando bem...quem me acompanha mais de perto já notou ou já "levou" com isso. A coisa não é de agora, durante muito tempo não dei importância ou adulterei factos, comportamentos, situações...
Não é bonito, não é aconselhável e é desleal em muitos aspectos...até ai eu entendo e sou capaz de me por na pele de todos aqueles que lideram com tudo isso, provavelmente eu ficaria f*****...ou pior do que isso. E se não fui homenzinho nessas alturas, sou agora para assumir tudo isso e levar a pancada de todos os lados que tenho levado...é justo e tenho que "pagar" ...não mereço a prisão, mas tenho que sofrer na pele e na consciência...ok, check...
Os meus não mereciam...os que não são meus, também não...e acima de tudo, e não estou a fazer papel de coitadinho...eu não merecia ser parvo a esse ponto.
Pagas e não bufas...é o correcto.
Mas c******..., não mereço o rótulo e não vou levar com o estigma de sempre ter agido desta maneira...não o fiz e tenho essa consciência..e isso vale-me...não é muito, mas vale-me...
Passei por muitas e determinadas coisas que me fizeram agir assim, não tenho desculpa e nem a procuro...só procuro que não me julguem até à morte e que não façam de mim pior do que sou...Fui estúpido, parvo, incompreensivelmente tolo...mas ninguém mais do que eu sabe isso...
Nunca fui de falar de mim e das minhas merdas...custava abrir-me, mesmo com os meus, porque não sabia o que ia originar...não queria passar os meus problemas para ninguém...com isso ganhei ainda mais problemas e os meus ficaram pior ainda...ou seja, f*d*u...e possivelmente terei perdido alguns daqueles que queria levar até ao fim como meus.
Quero começar de novo...vou começar de novo...ando a arranjar peito e cabeça...acabou-se o "lavou , tá novo"...frase da merda, desculpa estúpida para tudo o que me dava um pouco mais de trabalho...e vou ganhar um caminho...o meu...
Já escolhi novo poiso e novo modelo de transporte...e se não for para Angola trabalhar...é porque nunca me vi sem viver perto dos meus, daqueles que procuro agora que me conheçam e que estejam sempre lá...porque no meio de toda a merda, sei bem o que eles representam para mim e em mim...e nunca mais os vou desiludir...é porque me sinto bem aqui e é aqui que quero ficar...e porque não seria uma ida temporária...seria para ir de vez...e porque não me apetece nada fugir mais.
Não sei se estou disposto a ir...e não sei se estou disposto a ficar. Só quero começar por algum lado...

Eu vou ser feliz. Se quiserem ser felizes comigo é um problema que é vosso.

3 comentários:

  1. Querido Tó:

    Espero que leias isto e que consigas percepcionar todo o sentimento que me escorre pelas pontas dos dedos enquanto martelo estas detestavelmente imperturbáveis teclas... A verdade é que o sentimento é tanto que escorre e quero que ele escorra para o ecrã que viosionarás e que escorra dos teus olhos para o teu coração e mente. Em fácil e deliciosa analepse recuo ao ano 2000, à sala do PN onde tínhamos Língua Portuguesa com a Isabel Leiria.
    - Como se chama?
    - António Palma.
    - Qual era o curso para onde gostaria de ter entrado? - esta mulher não acreditava que estivéssemos ali por opção e, God!, como eu a entendo agora.
    - Antropologia.
    Foi a primeira vez que te vi, ouvi o teu nome e nunca mais me esqueci daquele momento. Tantos anos que já passámos juntos, de certa forma muito separados, eu sei, somos muito diferentes em muitas, muitas coisas, mas eu considero-me tua e não tenciono deixar de sê-lo. Foram muitas horas de matraquilhos, muitas horas de sueca, de conversa, de álcool... Muitas horas de aula, muitos anos a partilharmos o mesmo palco onde desfilavam as mesmas personagens de sempre com as mesmas falas de sempre. Lembro-me da primeira vez que me mostraste a tua poesia como se tivesse acabado de acontecer. No bar novo, eu na minha quase sempre constante auto-destruição e fuga da vida que me quer roer, tu chegas, sentas, dizes:
    - Dorinha, diz-me o que achas!
    És a única pessoa a quem nunca disse que odeio que me tratem por Dorinha :)

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  2. Houve uma altura muito má da minha vida, a altura em que vos perdi do meu dia a dia e deliberadamente me afastei. Um segredo: não sei lidar com a mudança, ainda menos com o sentimento de perda e a forma que arranjo de sobreviver a isso (e o verbo, infelizmente, é mesmo sobreviver)é deligar, fugir até ser indiferente, voltar só quando me for indiferente, no máximo desprezível. Para minha reiterada desgraça, faço-o bem de mais e cada vez mais rápido. No entanto, nunca me perdoei por me ter afastado tanto de vós naquela altura, não foi uma boa decisão e sei aceitar as más tão bem como me sei orgulhar das boas. A droga e o álcool, a música e a auto aniquilação até não não ser capaz de pensar mais eram a única coisa que me interessavam. Mas nunca vos esqueci, nunca deixaram de estar presentes, nunca mudaste o tom de voz comigo por mais fodida ou mamada eu te aparecesse à frente, nunca deixaste de me dar "aquele abraço", Tó. E é por isso que eu sei que fiz bem em voltar!
    E a verdade é que eu voltei para vós e vocês estavam todos lá para mim. Lembro-me de todos os jantares, de todas as saídas (pelo menos do que me consigo lembrar :p) e lembro-me sempre de ti, meu amigo. A verdade é que nunca ninguém me faria mal se tu estivésses lá. Nunca ninguém me fará mal enquanto estiveres comigo, enquanto vocês estiverem comigo. E os maus estão aí e querem mesmo fazer-me mal, eu preciso que me abraces e protejas! Lembro-me de nós tantas vezes e sinto a nossa falta. Tó, foram as pessoas que já perdemos, tantas as paixões, tanto o amor que afinal não era mesmo para sempre e passou... Quem diria, mas ele passou! Afinal eu consigo viver sem um e afinal o outro não era o homem da minha vida como eu dizia... Mas eu acreditava tanto quando to dizia, tanto, tinha tanta certeza!!!
    Tens razão, nem lavou, nem nunca fica novo... Pelo contrário: fica mais velho, mais desgastado, menos disponível, menos crente, menos paciente, menos tolerante, mais irascível... Cada vez mais ténue e sem valor... Mas o que não passa é esta minha memória, o que nunca me abandona é este amor, o vosso amor! O poder chegar ao pé de ti e ter "aquele abraço" que só tu sabes qual é. Não ouso tentar relativizar nada, seja o que for, até porque não acredito sequer na lei da relatividade! Isso é coisa para masturbadores compulsivos. As coisas são o que são e nunca deixam de o ser e o tempo não as sara, não as mitiga, não as apaga! Continuam persistentemente gravadas em nós e doem doem doem... E são elas que nos fazem o que somos! Tu sabe-lo e, honestamente, se nos fazem melhores ou piores, não interessa, fazem-nos ser "eu". O que eu queria era pegar nessa pedra contigo e ajudar-te a carregá-la até lá acima e quando ela voltasse a rolar montanha abaixo, rirmos à gargalhada, virarmos-lhe as costas e irmos embora. O que eu quero é estar do teu lado, o que eu quero é dizer-te que estou do teu lado! Perdoa toda a ausência mas eu nunca fui, estive sempre aqui e quero sempre estar aqui.
    Por mais coisas boas que tenhamos na vida, e por mais que custe admitir a muita gente, demasiadas vezes as más superam as boas... Por isso, para quem tem aguda consciência, a escolha é permanente e cabe sempre a nós escolher, a cada momento escolher... Por isso, eu sei que estás a escolher e que vais estar sempre a escolher... Mas escolhe na inabalável certeza que me tens a mim do teu lado, meu bom amigo!

    Aquele abraço, tua

    Dora Guedes

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  3. Olá Dorinha.
    Confesso que não sabia que tinhas escrito aqui alguma coisa, confesso também que nem sabia que vinhas ler estes devaneios que para aqui às vezes vou pondo...mas é bom saber que vens.
    E sim...os "nossos" estão sempre, mesmo que existam alturas em que não aparecemos, quando resolvemos "dar lá um salto"...eles estão...e estão porque nunca deixaram de ser nossos, nem de estar.
    Não tens que te arrepender de nada, tens...assim como eu, de aprender...de aprender a não repetir e a não te encheres de culpa...fica com a certeza que os teus, estarão sempre dispostos a ouvir-te a tentar entender-te.
    Como deves ter reparado, eu estou em fase de "aprendizagem"...não é fácil (NADA!!), mas finalmente aconteceu...posso ter perdido coisas importantes, algumas até para sempre..mas ai já não controlo, nem posso querer controlar...e isso foi algo que na minha ilusão anterior, sempre pensei que o fazia. NOT. Existem coisas que não podemos controlar e só tens que ser verdadeira contigo..só assim também o serás com os outros...eu aprendo agora isso, aprendo da pior maneira, mas aprendo...e nada será igual, pelo menos os erros não serão os mesmos. O bom, o bom ficou e sempre vai ficar...o mau, o mau aprendo agora a deitar fora...e que vá de vez.
    Conta também tu comigo...sabes que sim.
    Beijo bom.

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